O filme “Bailarina”, primeiro spin-off do universo John Wick, está no centro de uma polêmica nos Estados Unidos após a Lionsgate impor restrições consideradas antiéticas por críticos e resenhistas. A distribuidora permitiu que apenas reações positivas e sem spoilers fossem publicadas antecipadamente nas redes sociais, enquanto críticas formais e avaliações negativas seguem proibidas até a estreia oficial.
De acordo com informações do Deadline, a Lionsgate enviou na última quinta-feira (22) um e-mail aos críticos estabelecendo que manifestações de “entusiasmo sem spoilers” seriam permitidas a partir daquela data. No entanto, o mesmo comunicado reforçava que “reações críticas e avaliações formais” — especialmente as negativas — estariam proibidas até 4 de junho, data oficial de lançamento do longa.
A decisão provocou indignação entre profissionais do setor, que classificaram a medida como uma prática que fere a ética jornalística. A crítica Courtney Howard, da Variety, criticou duramente a imposição, escrevendo em sua conta no X (antigo Twitter):
“O aviso de embargo da BAILARINA é absolutamente antiético: uma suspensão de embargo para reações negativas?! Só reações positivas são aceitáveis?!”
Na mesma linha, o youtuber Alex Madden publicou a imagem do embargo e comentou:
“Este é o embargo da crítica para Bailarina. Reações negativas em espera são absolutamente insanas. Independentemente de a reação ser positiva ou negativa, você não gostaria que as pessoas falassem sobre o seu filme de qualquer maneira?”
A prática de permitir apenas reações positivas antes da estreia, restringindo críticas negativas, é vista por muitos como uma forma de controlar a narrativa e preservar a imagem do filme junto ao público, ainda que às custas da transparência e da liberdade crítica.
“Bailarina” tem estreia marcada no Brasil para o dia 4 de junho de 2025 e é estrelado por Ana de Armas, com participação de Keanu Reeves reprisando seu icônico papel como John Wick.
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